atração fatal



Todos os que estudam Cinema, ou entram para o Cinema, hoje em dia para a área de Comunicação, tem o fascínio da câmara. Esta é como se fosse um objecto obsessivo. O fim. O Objectivo. Quando estamos integrados numa equipa a fazer qualquer outro trabalho em áreas de cenografia, luz, som, etc, o centro de todo este universo é a câmara. Claro que é um erro, pois o cinema vive inteiramente de toda a complexa estrutura, de uma equipa que trabalha para o mesmo fim.

A escola da vida depois ensina-nos isso e o caminho, que a princípio parecia uma linha recta, altera-se e aparecem-nos vários "encruzamentos" e encruzilhadas e vamos decidindo para onde ir.

Há muitos anos segui este caminho e lutei em todas as frentes até conseguir por direito carregar no botão desta câmara. Muitos quilómetros de fita, muitas milhas percorridas , montes e vales, chuva e sol, foram imagens passadas em busca da imagem. Uma encruzilhada maior e de difícil contorno levou-me a outros caminhos, não deixando nunca de ter saudades dos lugares e momentos passados com esta câmara às costas. Ainda hoje tenho dores em sítios específicos onde a pousava para a transportar. Embora hoje trabalhe numa área vizinha, tenho presente todos os fotogramas percorridos na companhia desta Arriflex 35MM.

Para quem gosta de Cinema, o Cinema não é só a imagem. Pare, escute e olhe... antes de avançar.

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