A bola de pano que substituía a bola de catchou nem sempre acessível as pequenas bolsas, rolava alegremente pelas ruas empedradas, arrastando rostos alegres e outros aguerridos, de crianças descalças, todos eles com um sonho de futebol. Nos domingos, as mesmas crianças e muitas outras pessoas de idades e clubes variados, sentavam-se à sombra nos beirais e passeios das casas e bares, escutando o relato de um dos grandes clubes da longínqua terra Lusa. Neste café, o estádio não tem bancadas e o campo é de terra e é-nos apresentado por uma fotomontagem brilhante. Entre os postes desta baliza, assiste-se a 3 jogadas diferentes no tempo e acção, sendo que uma delas deu golo à equipa atacante. Não houve palmas nem gritos, pois era uma jogada já habitual para os fregueses deste café.
Tão habitual que os fregueses nem prestam atenção ao jogo...
ResponderEliminarUns, distraem-se com outra coisa qualquer que estariam a jogar (talvez paenas "conversa fora"); outra porque espera ou desespera na espera de quem complete a sua própria jogada (que dizer dos óculos que, neste espaço de luz-medida, não têm possibilidade de cumprir a sua missão?); outros porque abrem timidas boas-vindas ao freguês fiel, que ainda não chegou mas, sabem, virá?
Talvez seja no canto dos quatro que se encontra a equipa atacante: congeminando tática impelida pela doce aragem de uma ventoínha preguiçosa...
(A pena de não se ver - apenas pressentir - a beleza da fotomontagem compensa-se com a beleza deste café).
Futebol deste até eu quero.
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